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Socioeducandos da Fundac participam de evento Caminhos Literários no Socioeducativo, do CNJ
Adolescentes e jovens que cumprem medidas judiciais em unidades socioeducativas da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) participaram da 2ª edição do projeto ‘Caminhos Literários no Socioeducativo: Pelo Direito à Leitura’, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O evento tem como propósito fomentar a literatura em suas diversas manifestações, reunindo jovens em cumprimento de medidas em 80 unidades socioeducativas de todo o país, juízas e juízes, profissionais do sistema de Justiça e artistas.
O evento aconteceu em novembro e dezembro e na Paraíba contemplou socioeducandos do Complexo Lar do Garoto (Lagoa Seca), Centro Educacional do Jovem (CEJ) e Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha. O encerramento será nesta quarta-feira (13) com a realização da primeira Conferência Livre de Cultura no Sistema Socioeducativo, uma parceria entre o CNJ e o Ministério da Cultura (Minc).
A jornada teve início nos dias 29 e 30 de novembro com ação aberta ao público, com transmissão ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube e emissão de certificado para participantes. Os destaques do dia de abertura foram o lançamento de dois produtos inéditos desenvolvidos pelo CNJ: o primeiro Censo Nacional de Práticas de Leitura do Sistema Socioeducativo e um Painel B.I com os principais resultados do Censo.
A programação continuou nos dias 6 e 7 de dezembro, com duas sessões fechadas direcionadas aos adolescentes em unidades de internação e profissionais envolvidos no acompanhamento de medidas socioeducativas. Com o tema ‘Manifestações literárias e participação juvenil’, a segunda edição do projeto Caminhos Literários no Socioeducativo, reuniu adolescentes que estão em unidades socioeducativas das diversas regiões do país, além de convidados e convidadas especialistas em literatura contemporânea e demais formas de expressão, como a música, em transmissão restrita às unidades socioeducativas.
De acordo com o juiz Hugo Gomes Zaher, coordenador-adjunto do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Estado da Paraíba (GMF-PB), o evento é uma oportunidade ímpar para os magistrados ampliarem suas compreensões sobre as dinâmicas socioeducativas e a relevância da literatura como ferramenta de transformação social.
“Através da ação, os magistrados puderam adquirir novas perspectivas e abordagens para lidar com a juventude em situação de vulnerabilidade, ao se envolverem, ativamente, em discussões sobre manifestações literárias e participação juvenil, especialmente, aqueles em cumprimento de medidas socioeducativas”, disse o juiz.
Para Flavio Moreira, presidente da Fundac, a parceria com o CNJ só traz bons frutos para o sistema socioeducativo, pelo incentivo à leitura. “São novas oportunidades que se abrem para os socioeducandos da Fundac e estimulam mudanças extremamente positivas no campo da privação de liberdade”, disse.