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Fundac e Secretaria de Agricultura Familiar discutem projeto de inclusão social

publicado: 26/07/2019 00h00, última modificação: 03/09/2019 15h27
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Um projeto de inclusão social por meio da agricultura urbana pretende envolver jovens e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e seus familiares. Primeiro contato para tratar do assunto aconteceu na manhã desta sexta-feira (26), entre a presidência da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice Almeida” (Fundac) e representantes da Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).

A ideia é formar quintais de horticultura nas unidades de internação de forma agroecológica. Para isso, o pesquisador Edson Firmino, que já desenvolveu projeto semelhante no sistema penitenciário do Estado, trouxe proposta de projeto para a Fundac visando implementação nas unidades socioeducativas.

O pesquisador e representantes da Secretaria de Agricultura Familiar já visitaram o Centro Socioeducativo do Jovem (CEJ) e o CEA/JP para identificar espaços de terreno que possam ser transformados em quintais de horticultura. Eles também ficaram de conhecer as demais unidades no Estado. Nessa visita vão identificar hectares disponíveis, qualidade de solo, entre outros aspectos. De posse de toda essa coleta de informações, o projeto será apresentado ao secretário Luiz Couto, para definir a sua viabilidade.

O presidente da Fundac, Noaldo Meireles, citou na ocasião que a Fazenda Pindobal, administrada pela Fundac, também pode ser um local a ser aproveitado. E informou que a Secretaria de Desenvolvimento Humano (Sedh) vem desenvolvendo um trabalho no local e que falará com a secretária Neide Nunes para ver a possibilidade de também implantar o projeto naquela unidade. ”São 400 hectares de terra na região de Pindobal”, informou Noaldo.

Para Edson Firmino, projetos como esse são de suma importância no processo de humanização da medida socioeducativa. “Qualifica o socioeducando com práticas da agricultura orgânica, focando na interação da sociedade e do meio ambiente”, disse, ressaltando que “dessa forma, trabalha a questão da ressocialização dos socioeducandos, com uma nova perspectiva na sua reintrodução na sociedade”.

A gerente regional da Seafds, Leânia Gomes, lembra que o objetivo do projeto visa à ressocialização dos socioeducandos com dignidade humana e valorização da família. Também procura a redução de gastos pelo Estado bem como oferecer orientação aos jovens e adolescentes e contribuir para a reintegração deles no mercado de trabalho.