Histórico
A proposta de construção da História do IPHAEP, só poderia ser elaborada, a partir de citações acerca do advogado, poeta, historiador, professor, folclorista, parlamentar e jornalista, José Rodrigues de Carvalho, pois o mesmo foi uma das principais personalidades a demonstrar interesse pelo estudo e pesquisa sobre o folclore nacional. Dr. Rodrigues de Carvalho realizou diversas viagens por estradas nordestinas, colhendo informações, para confecção do seu livro “Cancioneiros do Norte”, obra “imorredoura”. O grande poeta nos deixou vários legados, em diferentes gêneros e de fundamental importância para nossa cultura. É essencial ressaltar que na virada do século XIX para o século XX, com 37 anos de idade, Rodrigues de Carvalho ao publicar a primeira edição do livro “Cancioneiros do Norte”, desperta entre os intelectuais do Brasil, grande interesse nas pesquisas e estudos para a construção da simbologia sobre a identidade nacional nas manifestações folclóricas que foram foco de valorização e pesquisa de vários intelectuais do Brasil. O magnífico jornalista em seus escritos, destaca a importância da cultura folclorista e de seu pioneirismo na diversidade do folclore como: danças, folguedos, poesias, festas e outras expressões em diferentes regiões do Brasil demonstrando assim o gosto e valor das narrativas populares e tradições deixadas nas diferentes épocas da sociedade. José Rodrigues de Carvalho nasceu em Alagoinha – PB, em dezembro de 1867 e faleceu em Recife 20 de dezembro de 1935. A sede do IPHAEP é um sobrado construído entre os anos de 1920 e 1922, pelo então jurista e jornalista, José Rodrigues de Carvalho. O palacete apresenta características de residências da década de 1920, onde foi transformado o modo de morar da nossa Capital, observando-se o contexto “de desenvolvimento econômico, urbanístico e higienizador da época”. Sabemos que até a metade do século XIX a capital da PB, ainda possuía organizações do período Colonial, possuindo relevo acidentado até ocorrer a virada para o século XX, surgiram ações modernas que foram mudando a cidade de João Pessoa. A partir daí, apareceram palacetes rodeados de jardins que iam atendendo, a uma nova forma de morar, espalhando-se por todo o território brasileiro. O referido palacete, de propriedade do Dr. José Rodrigues de Carvalho, com implantação centralizada no lote, com jardins voltados para as duas frentes da casa, localizado na Av. João Machado. No palacete há transição entre os estilos ART-DECÓ E ART-NOUVEAU nas aberturas tripartidas e detalhes das esquadrias, marcação das iniciais do proprietário em alto relevo na porta principal. Neste sobrado residiu o advogado, Rodrigues de Carvalho ladeado por sua família, onde durante muitas décadas foi de uso exclusivo e particular do poeta até que ocorreu a locação pelo então governador do Estado, Tarcísio de Miranda Burity, que foi desapropriado pelo Decreto N.º 8.709/1980 para sediar o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba. Atualmente o palacete é tombado individualmente através do Decreto Estadual N.º 8.652/1980 em 26 de agosto de 1980, sendo reformado na gestão do ex-diretor executivo: Dr. Damião Ramos Cavalcanti, com apoio do governador, José Targino Maranhão de 2009 a 2010. Como intuito, cabe ao IPHAEP a proteção e vigilância do Patrimônio natural e cultural do Estado da Paraíba.
“Se cultura é personalidade de uma sociedade, o patrimônio cultural é a sua memória. Sem
memória não há cultura. Sem cultura não há sociedade. No máximo um aglomerado de pessoas”
(Arquiteto Antonio José Aguilera Montalvo)