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Governo abre primeiro Seminário do Sistema Prisional da Paraíba sobre Direitos Humanos e Relacionalidade de Gênero
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (Seap), realiza até às 18h desta segunda-feira (6) o I Seminário do Sistema Prisional da Paraíba com o tema: Direitos Humanos e Relacionalidade de Gênero. O objetivo do evento é analisar o contexto histórico de ingresso das mulheres nas Forças de Segurança Pública; problematizar as representações e práticas sociais relativas ao “ser masculino” e ao “ser feminino”; debater sobre os papéis de gênero dentro das Policiais Penais; discutir sobre possíveis medidas para aumentar a participação das policiais penais em cargos de gestão.
Na abertura do seminário o secretário João Alves de Albuquerque agradeceu aos palestrantes, aos participantes, desejou as boas vindas e destacou a importância do primeiro Seminário do Sistema Prisional da Paraíba sobre Direitos Humanos e Relacionalidade de Gênero. Destacou que nas unidades prisionais "nós recebemos pessoas de todos os gêneros e precisamos ter um olhar acolhedor com essas pessoas que chegam em momentos difíceis e nós precisamos estar capacitados para dizer dos seus direitos, das suas obrigações e também para treinar os nossos policiais porque todos os dias surge uma nova temática relacionada a gênero, portanto, consideramos um seminário relevante. A temática Direitos Humanos é abrangente cabe a todos, policiais penais, diretores e servidores administrativos da Seap".
A coordenadora do seminário, Nayhara Hellena Pereira Andrade, avalia que a temática relacionalidade de gênero é um tema vanguardista, as pessoas estão antenadas nesse debate, o
primeiro evento realizado no estado com esse tema, o público participante superou nossas espectativas".
O encontro é voltado para policiais penais estaduais e federais e será realizado na Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura e Artes, localizada na Avenida João Cirillo da Silva - Altiplano Cabo Branco, João Pessoa na segunda-feira, 6, das 8h30 às 18h. O evento inscreveu 120 policiais penais, civis, militares e do Corpo de Bombeiros. Mulheres policiais penais dos estados de Tocantis, Alagoas e do Rio Grande do Norte também estão participando do semenário. A policial penal federal Raissa Pereira de Araújo, paraibana, é palestrante na segunda Mesa com o tema "Quando elas falam do Sistema Prisional".
Também esta manhã foi aberta a exposição Canoa. Um coletivo de vários artistas de arte contemporânea, com a abordagem diversidade, arte naif, arte bruta, abstrato e surrealismo.
Ainda prestigiam o seminário o secretário executivo da Seap, João Paulo Barros, o gerente executivo do Sistema Prisional, Ronaldo Porfírio, o gerente executivo de Ressocialização, João Sitonio Rosas, e o chefe de gabinete, Tércio Chaves. A delegada da Polícia Civil, Maísa Félix Ribeiro, diretora da Acadepol, é uma das palestrantes e na abertura representou o secretário da Segurança e da Defesa Social, delegado Jean Nunes.
Da programação, que será por todo o dia, constam as temáticas: É possível ter afeto sendo policial? - Oficina de escuta dos afetos e medos; Debate sobre os papéis de gênero, visando ressaltar a importância de discutir as questões relativas às representações e práticas sociais de gênero, dentro dos papéis assumidos pelos agentes de segurança pública, tendo por finalidade precípua, estabelecer novas relacionalidades que possam impactar no trabalho cotidiano das polícias e dos policiais penais.
O seminário tem como palestrantes: o professor doutor Adriano de Léon, com o workshop é possível ter afeto sendo policial?; mesa I: A invenção da Mulher no Espaço Público: é possível dividir um espaço pensado para homens? (professora doutora Luziana Ramalho Ribeiro; Silnara Araújo Galdino, mestra em Psicologia da Saúde; Maísa Félix de Araújo, pós- graduada em Direito Penal e Processual Penal pela UEPB; Gabriela Carneiro Jácome, especialista em Violência de Gênero e Direitos Humanos pela Escola de Magistratura da Paraíba).
Mesa II: Quando elas falam do Sistema Prisional (Nayhara Hellena Pereira Andrade, doutoranda em Direitos Humanos pelo PPGCI/UFPB em cotutela com a Universitá degli Studi di Firenze/Itália; Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, Juíza Auxiliar da Vara de Execução Penal de João Pessoa; Andrea Gomes de Sousa, pós-graduação em Gestão de Sistemas Prisionaispelo IBRA-FAMEV; Ivana Leite Ribeiro, mestra em Educação pela UFPB; Raissa Pereira de Araújo, pós-graduada em Gestão de Políticas Púbicas em Gênero e Raça pela UFPB; Simone Rodrigues Reis, pós-graduada em Segurança Pública e Cidadania pela Famev.