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Cores, formas, texturas e poesia fazem da “Loja Novo Tempo” a vitrine do artesanato produzido por reeducandos
O que há de mais criativo no artesanato produzido por pessoas em privação de liberdade nas cadeias e penitenciárias da Paraíba o turista encontra em um só lugar: A Loja Novo Tempo, inaugurada recentemente pelo governador João Azevêdo e instalada no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa. A vitrine com amostra e venda das peças artesanais fica ao lado da Livraria A União “Poeta Juca Pontes”.
Os visitantes se encantam com variedade de cores, formas, texturas, presentes nas bonecas de pano, bolsas, na renda Tenerife, oratórios, telas, arame, arte em palitos de picolé, chaveiros, artigos de mesa, peças em argila, bolsas de crochê, arte em madeira, arte em cipó, cestas, luminárias, sandálias, telas, nécessaire, redes de pesca, livros, vassouras ecológicas, cachecol, plantas ornamentais, molho de pimenta em conserva, arte em fibra de bananeira, gesso 3 D. Estes e outros produtos confeccionados por reeducandos e pessoas egressas do sistema prisional, agora podem ser comprados em loja física.
O secretário da Administração Penitenciária, João Alves, avalia "é uma vitrine para a Seap expor as diversas tipologias do artesanato feito nas nossas prisões, bem como os telescópios confeccionados por reeducandos da cadeia de Esperança. A loja de fato simboliza um novo tempo nos projetos de Ressocialização. Um ambiente que tem atraído turistas".
Com 45 metros quadrados, a loja foi concebida com a utilização de mão de obra oriunda do Sistema Penitenciário, desde a instalação e confecção dos painéis em gesso 3 D, que também é um projeto de reinserção social, até as luminárias, confeccionadas na cadeia de Areia, município do Brejo paraibano.
Poesia - A literatura também se faz presente na loja por meio da poesia de Marina Oliveira, hoje egressa do sistema prisional. Seu livro “Catarse Literária” está à venda. Obra que o Governo do Estado publicou e o próprio governador prestigiou o lançamento em 2023, pela Editora A União.
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Texto e fotos: Josélio Carneiro/Seap-PB