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Projeto da Escola Estadual Nenzinha Cunha Lima resgata memória do bairro José Pinheiro, em Campina Grande

publicado: 31/10/2023 15h55, última modificação: 06/11/2023 09h48
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Localizada no bairro José Pinheiro, em Campina Grande, a Escola Cidadã Integral Técnica Nenzinha Cunha Lima abriu portas para um projeto pioneiro que busca resgatar a história local, alinhando-a à formação de seus estudantes. Guiada pelo tema “Memórias do bairro José Pinheiro: a construção da história local como um lugar de pertencimento”, a iniciativa, idealizada pela professora de História, Cristiane Raposo Sousa Araújo, visa conectar os alunos com suas raízes, fortalecendo o sentimento de pertencimento à comunidade. No total, 34 alunos integram o projeto.

Implantado nas turmas de 9º ano, o projeto, que se estendeu de maio a outubro deste ano, entrelaçou a abordagem tradicional prevista pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com a pesquisa sobre o bairro, incentivando a participação ativa dos estudantes. O impacto da abordagem pedagógica é evidente: ao reduzir os índices de evasão e reprovação, a iniciativa também tem potencial para melhorar o desempenho em avaliações externas, como as provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que acontecem no mês de novembro.

A resposta dos alunos à proposta foi imediata e entusiástica. Ao serem apresentados ao projeto, muitos apresentaram sugestões e expressaram curiosidade sobre aspectos do bairro que desconheciam. Essa interatividade foi incorporada ao planejamento, validando a contribuição dos alunos na formulação da proposta pedagógica. 

A prática do projeto incluiu ações como palestras com historiadores, produção e recitação de cordéis, caminhadas pelo bairro, produção de maquetes de pontos icônicos e um concurso de fotografia que foi aberto para outras turmas da escola. Todas as atividades foram moldadas por metodologias ativas, promovendo a participação contínua dos estudantes no aprendizado. Além disso, a interdisciplinaridade se fez presente, conectando a história local com disciplinas como Literatura e Geografia. O projeto também contou com uma parceria do programa Residência Pedagógica de História da Universidade Federal de Campina Grande, reforçando a conexão entre educação e comunidade.

A professora Cristiane Raposo explica que a iniciativa tem como objetivo ir além da educação, ela também valoriza a cultura e história locais do bairro. “Ao eliminar estereótipos negativos e promover o respeito ao patrimônio público, a escola coloca os estudantes no centro do palco, incentivando-os a serem protagonistas ativos em suas comunidades”, explica a educadora que promoveu, no último dia 25, uma apresentação com os resultados do projeto envolvendo toda a escola. “Os alunos conseguiram compartilhar os conhecimentos com outros alunos e professores. Foi um momento ímpar de aprendizado”, conta a gestora da escola, Fabiana Alves da Silva.

Concurso fotográfico - Uma das partes do projeto, o concurso de fotografia “Memórias do Zepa” foi destinado aos estudantes das turmas dos 9º, 1º, 2º e 3º anos da ECIT Nenzinha Cunha Lima, tendo como principal objetivo a valorização da memória e história do bairro José Pinheiro. Para participar, os estudantes  enviaram uma fotografia  produzida no bairro com tema livre e em formato digital. As fotos foram julgadas por uma comissão de professores que escolheram três consideradas de melhor qualidade levando em conta critérios como iluminação e criatividade. As fotos foram postadas no perfil da escola no Instagram (@ecitnenzinhacunhalima) e a que tiver o maior número de curtidas até às 15h do dia 01/11 será considerada a ganhadora do Concurso. O estudante ganhador receberá como premiação um fone de ouvido bluetooth.

“Esse projeto foi uns dos melhores que eu já presenciei. A execução do projeto foi incrível, a sensação de elaborar maquetes, ir presenciar todos aqueles lugares que a gente estava relatando foi essencial, e no final apresentar os cordéis e todo nosso projeto para a escola foi incrível! Eu amei participar e com certeza aprendi muito com ele. A professora Cristiane e toda a escola estão de parabéns”, conta  a aluna Maria Paula Costa Soares, do 9º ano B, que integrou o projeto.