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Profissionais da Rede Estadual de Ensino participam de formação sobre direitos humanos e cidadania com o Instituto Auschwitz

publicado: 06/03/2020 13h26, última modificação: 06/03/2020 13h26
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Professores e profissionais da Rede Estadual de Ensino participaram de uma formação sobre direitos humanos e cidadania realizada pelo Instituto Auschwitz pela Paz e Reconciliação, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia (SEECT). Com o tema “Cidadania e democracia desde a escola”, 40 profissionais entre professores, funcionários e gestores de 22 escolas da 1ª Gerência Regional de Ensino e seis unidades socioeducativas participaram de palestras e formações desde a última quarta-feira (4) até esta sexta-feira (6).

Para Luciana Suênia, professora da Escola Cidadã Integra Técnica Francisca Martiniano da Rocha - Lar do Garoto, em Lagoa Seca, o período de capacitação tem sido muito proveitoso e os conhecimentos adquiridos pelos professores devem contribuir para uma educação mais justa e inclusiva. “A formação tem sido muito proveitosa. Estamos aprendendo sobre os direitos humanos, e principalmente sobre técnicas de como passar esses direitos para os alunos, como eles podem buscar os direitos deles. E isso tem sido muito proveitoso”, revelou a professora.

O Instituto Auschwitz já realizou a mesma formação para professores das redes públicas de ensino dos estados de São Paulo e Distrito Federal, e agora, os especialistas estão realizando a capacitação para os profissionais da Paraíba. Dentre os conteúdos programáticos das palestras estão as metodologias de ensino inclusivo, o conhecimento sobre casos de discriminação e preconceito, além de conceitos de pluralidade e democracia. Os conceitos repassados aos professores da Rede Estadual de Ensino deverão ser implementados e adotados nas escolas a partir do segundo semestre de 2020.

“Estamos desenvolvendo esse projeto de educação e cidadania, para o fortalecimento da democracia através dos direitos humanos. Trabalhamos em outros estados para criar uma metodologia específica a fim de trazer uma série de temáticas importantes para dentro da sala de aula”, explicou a diretora de políticas educacionais do Instituto Auschwitz, Clara Ramírez.

O procurador da República José Godoy Bezerra de Souza destacou que a parceria do Ministério Público Federal com a Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia e o Instituto Auschwitz também deve incluir na grade curricular dos alunos da Rede Estadual de Ensino a disciplina de Educação em Direitos Humanos.

“A parceria tem por objetivo a implementação da disciplina de Educação em Direitos Humanos na formação curricular dos alunos do Ensino Médio, começando pelas escolas cidadãs integrais técnicas e também pelas unidades socioeducativas. É fundamental que os jovens comecem a receber essa educação diferenciada”, comentou o procurador.

Metodologia

Durante a formação os profissionais recebem um guia pedagógico com todas as informações para aplicar com os estudantes. Durante a aplicação em sala de aula, em um primeiro momento, os alunos problematizam várias questões em torno de cinco eixos temáticos: 1. Identidade e diversidade; 2. Dignidade e respeito; 3. Direitos humanos; 4. Democracia e direito à informação; e, 5. Cidadania, cooperação e solidariedade. No segundo momento, os estudantes são estimulados a desenvolver projetos de pesquisa em grupos, fase em que escolhem um tema e produzem um vídeo final para ser apresentado a toda a escola, de modo que o vídeo se converte em ferramenta de educação na comunidade estudantil.

Instituto Auschwitz

O Instituto Auschwitz é uma organização não-governamental com atuação internacional, sediada em Nova York (EUA). A Auschwitz Institute for Peace and Reconciliation atua na prevenção de graves violações de direitos humanos por meio da formação de funcionários públicos e do desenvolvimento de políticas públicas voltadas para esta finalidade, auxiliando na instrução e sensibilização de autoridades internas para a prevenção de violações em massa de direitos humanos. Além do Brasil, integram a rede instituições públicas de mais 17 países: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Honduras, Venezuela, El Salvador, Bolívia, Uruguai, Panamá, Nicarágua e Peru.