Grupo de Trabalho da Secretaria da Educação debate regras da nova Lei do Ensino Médio para implementação das atualizações da Matriz Curricular

O Grupo de Trabalho de Reformulação da Matrizes Curriculares composto por profissionais da Gerências de Escolas Integrais e Integrais Técnicas, e professores da Secretaria de Estado da Educação da Paraíba (SEE-PB), este reunido nesta terça-feira (01), para tratar sobre a Matriz Curricular 2025, que tem como base o “Novíssimo” Ensino Médio. A Lei nº 14.945/2024 sancionada em 31 de julho de 2024, estabelece a Política Nacional de Ensino Médio, que passa a valer em 2025.

Com a nova normativa, os componentes curriculares de Formação Geral Básica, previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que era de 1.800 horas, passou para 2.400. Para os itinerários formativos, mudou de 1.200 horas, para 600 horas.

Já os componentes curriculares obrigatórios que antes eram Português e Matemática em todos os anos do Ensino Médio, com a nova lei passa a ser Português, Inglês, Artes, Educação Física, Matemática, Ciências da Natureza (biologia, física, química) e Ciências Humanas (filosofia, geografia, história, sociologia), em todos os anos do Ensino Médio. E a Língua Espanhola passou a ser opcional.

Para o Ensino Técnico, as mudanças foram na carga horária dos componentes curriculares de 1.800, para 2.100, e dos itinerários formativos continuou com 1.200 horas.

“Temos que maximizar essa carga horária da BNCC e analisar os itinerários formativos como também a base diversificada. Para isso, criamos um grupo de trabalho que se reúne semanalmente para debater esse novo currículo que contribua para a Paraíba, corroborando com o Novo Ensino Médio”, detalhou a gerente de Escolas Integrais, Wênnia Figueiredo.

A gerente explicou ainda que, com a maximização da carga horária, será possível abranger outras atividades dentro da mesma disciplina. “A disciplina de português, por exemplo, tinha três horas de aula, agora podemos aumentar para quatro horas aulas e inserir novos componentes como a produção textual, pois os estudantes precisam trabalhar seus textos para fazer o Enem e assim conseguir sua vaga na universidade”, revelou.

Os encontros do Grupo de Trabalho ocorrem toda semana, e uma vez por mês recebe um consultor do Instituto Sonho Grande (ISG) para fazer uma apresentação do que foi debatido e analisado sobre a nova Lei do Ensino Médio e como será implementado nas escolas da Paraíba.

“Estivemos com a consultora Maria Medeiros, ficamos muito felizes em verificar que muitos pontos que vieram com a mudança do novo Ensino Médio, já foram implementados aqui na Paraíba neste ano. Quando pegamos nossos componentes curriculares em 2023, nós visualizamos que precisava mudar e pegamos o projeto de lei do novíssimo Ensino Médio, estudamos quais seriam as mudanças em 2025 e já inserimos no currículo de 2024. Como a escolha feita pelo estudante em uma área de conhecimento, que são o Aprofundamento I e II, esse componente já foi implantado esse ano, então não teremos dificuldade”, afirmou Wennia.

Além dos componentes de Aprofundamento I e II, que são as áreas de conhecimento, os estudantes do Ensino Médio de Escolas Integrais e Integrais Técnicas podem participar de disciplinas eletivas, a qual a Rede Pública da Paraíba tem um catálogo para ajudar os estudantes a entender em que eles querem trabalhar. Os professores também têm autonomia em criar novos componentes para eletivas. As escolas também abordam as práticas integradoras que se trata de um horário reservado para uma autogestão do aluno com orientação do professor e são realizados clubes de protagonismo, onde se pode jogar, estudar e outras atividades pedagógicas.