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Fomento à cultura
Prêmio Viva o Circo premia com recursos da Pnab 33 circos itinerantes tradicionais
Um total de 33 circos itinerantes tradicionais vão ser beneficiados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba, com um valor de R$ 57 mil cada. A confirmação saiu nesta terça-feira (10), quando foi divulgado o resultado final da análise de objeto do Prêmio Viva o Circo, que foi realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab) de Fomento à Cultura.
O objetivo do prêmio era investir em espaços que pudessem comprovar relevância no desenvolvimento artístico, estético, social e cultural da Paraíba e que colaborassem com a disseminação e preservação da cultura circense.
Podiam participar circos instalados sob lona, de funcionamento itinerante, e que têm por finalidade a promoção de shows ou espetáculos de linguagem circense. Para tanto, os circos precisavam estar montados e ter pelo menos dois anos de funcionamento ininterrupto. Para além disso, os circos de fora da Paraíba precisavam ter passado pelo estado duas outras vezes no intervalo de dois anos ou ter permanecido no estado por pelo menos um ano ininterrupto nesse período de tempo.
Uma questão que foi ressaltada é de que, ao todo, 38 circos se inscreveram no prêmio, sendo que 33 deles foram selecionados ao fim de todo o processo. Um índice de 86% de inscritos premiados, o que demonstra a preocupação da Secult-PB em possibilitar que os interessados fossem de fato premiados.
Para tanto, uma série de ações tira-dúvidas foram realizadas para garantir que toda a documentação e todas as exigências fossem apresentadas corretamente. Por sinal, dos 14 circos que foram inicialmente inabilitados por falhas de documentação, nove acabaram sendo habilitados e posteriormente premiados.
“Como vem acontecendo em todos os editais da Pnab, tentamos ser o mais transparente e democrático possível Tirando dúvidas, desburocratizando as inscrições e dando prazos de recursos para que erros eventuais sejam corrigidos. E isso reflete no número de selecionados com relação ao número de inscritos. É um prêmio que fortalece a cultura circense tradicional. Isso permite que os recursos circulem em meio ao segmento, o que preserva empregos e possibilita que os artistas vivam de suas artes”, opinou Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba.
Os recursos começarão a ser pagos nos próximos dias. Mas, antes, os selecionados precisam assinar um termo de premiação cultural.
Por sinal, para garantir a transparência do processo, as avaliações da etapa de análise de objeto, que atribuíram notas de 0 a 10 a cada um dos inscritos habilitados, foram realizadas por uma comissão externa e independente, formada por avaliadores de fora da Paraíba.
Confira os avaliadores do Prêmio Viva o Circo
Fátima Pontes
Graduada em artes cênicas – teatro - pela Universidade Federal de Pernambuco, tem mestrado na área de educação popular na mesma universidade. Atua como atriz, produtora cultural, professora de teatro, dramaturga e roteirista de espetáculos de circo e, também, é gestora de projetos sociais, artísticos e culturais. Foi coordenadora da área da Oficina do Saber (dança, teatro e música) do Projeto Santo Amaro, da Escola Superior de Educação Física de Pernambuco e atuou como gestora pública na Secretaria de Educação do Recife. Há 26 anos coordena a área executiva e artística da Escola Pernambucana de Circo.
Anderson Lima
É artista circense com pesquisa voltada à dramaturgia da palhaçaria e um dos criadores e produtores da Pantalhaços Mostra de Palhaços do Pantanal. Autor do e-book Campo do Riso, é organizador do livro Nascentes: uma antologia em verso e prosa. Membro fundador do grupo Flor e Espinho, atua em espetáculos coletivos e nos solos de palhaçaria Bebê a Bordo e Depois da Chuva.
Greice Kelly
Graduada em educação física e artista circense há mais de vinte anos, iniciou a sua história com a arte em um projeto de circo social. Formou-se na Esccola Nacional de Circo e já trabalhou em vários projetos sociais. Atualmente tem um projeto de circo social em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte.