Notícias

R$ 600 mil da Pnab

Prêmio Artesanato Vivo divulga resultado final com relação de 120 artesãos que vão receber R$ 5 mil cada

publicado: 03/09/2024 15h11, última modificação: 03/09/2024 15h11
Relação oficial dos contemplados foi publicado inicialmente no Diário Oficial do Estado da Paraíba (DOE-PB).
artesanatovivo.jpeg

Um total de 120 artesãs e artesãos foram selecionados pelo Prêmio Artesanato Vivo e vão receber R$ 5 mil cada pelo reconhecimento de suas atuações e de suas trajetórias culturais em território paraibano. O resultado final com os proponentes selecionados foi divulgado nesta terça-feira (3) e representou um investimento total de R$ 600 mil em recursos provenientes da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab) de Fomento à Cultura.

A premiação é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB), e tem como objetivo principal reconhecer a importância do segmento do artesanato na riqueza artístico-cultural paraibana. 

Ao todo, 272 projetos tinham se inscrito na seleção, que contou com duas etapas. E, ao término de todo o processo, 120 pessoas ligadas ao artesanato foram selecionadas, respeitando para isso cotas étnicas. Assim, dentre as premiadas, 72 vêm da ampla ocorrência, 33 são pessoas negras, 13 são indígenas e dois são pessoas com deficiência.

Para além disso, foram contemplados prioritariamente mestras e mestres do artesanato que tinham no currículo uma trajetória artística que contribuísse com a disseminação e a preservação da cultura na Paraíba. A relação oficial dos contemplados foi publicado inicialmente no Diário Oficial do Estado da Paraíba (DOE-PB) e em seguida no portal da Secult-PB na internet.

Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba, ressaltou uma vez mais o expressivo investimento que o governador João Azevêdo vem realizando no setor cultural paraibano e explicou que desde o início da Pnab era prioridade da Secult-PB descentralizar recursos para diferentes setores culturais.

“O artesanato é uma das expressões culturais mais antigas da Paraíba e que dialoga muito fortemente com as tradições, com uma cultura popular que é transmitida de uma geração para outra. Então premiar essas mestras e esses mestres, estimular a salvaguarda da técnica, é uma das missões fundamentais de premiações como o Artesanato Vivo”, explicou o secretário.

De toda forma, para garantir a transparência e a isenção da avaliação, uma equipe de avaliadores externos, de fora da Paraíba, participou da seleção. Compuseram a comissão Adson Rodrigo Silva Pinheiro, Guilherme Laureano Coelho de Moura,  Maria do Livramento de Aguiar, Paula Gotelip de Souza Correa, Samara Taiana de Lima Silva, Sandro Juliati, Vanéssia Gomes dos Santos e Williams Wilson de Santana.

Confira o perfil dos avaliadores

Adson Rodrigo Silva Pinheiro

Doutorando em História Social pela UFF, é licenciado e mestre em História, com especializações em História do Brasil, Gestão e Políticas Culturais, Gestão Cultural, Arqueologia Social Inclusiva e Políticas Culturais de Base Comunitária. Ganhador do Prêmio Luiz de Castro Faria, concedido pelo Iphan, atua como diretor de comunicação do Icomos Brasil. Sua formação inclui colaborações internacionais como a especialização em Políticas Culturais na Flacso, Argentina, e em Gestão Cultural pela Universidade de Girona, Espanha.

Guilherme Laureano Coelho de Moura

Graduado em Produção Cultural na UniAeso (2010), começou a trabalhar com cultura nos anos 1990, produzindo encontros de estudantes como membro do boi de maracatu Boizinho Alinhado. Em 2003, criou o site RecifeRock sobre a cena cultural pernambucana. Trabalhou na produção executiva e curadoria do festival de artes integradas Abril Pro Rock por 13 anos e participou de dezenas de curadorias. Atua como parecerista de projetos culturais, já tendo atuado em mais de 110 editais.

Maria do Livramento de Aguiar

Psicóloga, produtora cultural e mestra do artesanato. Atua como parecerista cultural na linguagem. Conselheira de cultura e membro da comissão setorial de artesanato. Atualmente, integra a pesquisa Ação como Agente Democrático da Cultura, que acontece em conjunto entre a UFBA e o MinC.

Paula Gotelip de Souza Correa

Doutora em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina, é produtora, gestora, artista e arte-educadora com uma ampla e diversificada trajetória profissional. Além de seus estudos acadêmicos, desempenha papel como membro suplente, representando a região sul, no Grupo de Trabalho de Acessibilidade da Funarte. A sua expertise abrange produção e gestão cultural.

Samara Taiana de Lima Silva

Doutora em Direito Econômico (UFPB), mestra em Políticas Públicas (UFRN), pesquisadora do campo de leis de incentivo à cultura, com quatorze anos de experiência acadêmica na área. Parecerista de projetos culturais credenciada pela Ancine (2023) e Ministério da Cultura (2024), já tendo participado de mais de trinta bancas de avaliação em todo o país. Assessora jurídica com passagens pelas principais empresas de gestão de leis de incentivo do país, atuando nas equipes de grandes projetos de renome nacional incentivados pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

Sandro Juliati

Antropólogo, produtor e analista cultural em audiovisual, música e cultura popular. Atua como especialista em gestão e análise de projetos, sendo parecerista em dezenas de secretarias municipais e estaduais de cultura, turismo e afins. Atualmente habilitado como analista cultural técnico da Secretária de Economia Criativa e Fomento Cultural do Ministério da Cultura. Atua também como agente democrático da cultura em pesquisa conjunta entre  UFBA e UFRB.

Vanéssia Gomes Dos Santos

Doutoranda em Artes Cênicas (Udesc), mestra em Artes (IFCE), com especialização em Gestão e Políticas Culturais em Girona, Espanha. Cientista social (UECE), obteve o reconhecimento público da Câmara Municipal de Fortaleza pela colaboração ao Teatro e ao Circo em 2013. Como pesquisadora de manifestações tradicionais populares, integrou processos de mapeamento dos reisados de caretas do Ceará, e realizou investigações sobre as máscaras presentes em festas do Nordeste brasileiro.

Williams Wilson de Santana

Ator, encenador, artista circense, bailarino e brincante da cultura popular, com 40 anos de atividades artísticas. Historiador, especialista em Gestão Cultural e mestre em Cultura e Sociedade. Além de artista, atua como pesquisador, parecerista cultural, professor, produtor e gestor cultural. Integrou diversas comissões avaliadoras e bancas de jurados de festivais de artes integradas, de teatro, circo, agremiações carnavalescas e quadrilhas juninas em diversas cidades brasileiras.