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Festival da Cultura Cigana tem programação com 18 atrações
II Festival da Cultura Cigana é um evento especialmente elaborado pelo Governo da Paraíba para homenagear os quase 5 mil integrantes desse povo que vivem em 27 municípios paraibanos. O Festival será realizado neste sábado (28), em Sousa, no Sertão, onde está a maior comunidade cigana, em três Ranchos.
O Dia Nacional dos Povos Ciganos transcorreu na terça-feira (24), dedicado à Santa Sara Kali, padroeira universal desse povo, e houve festa nos ranchos do Sertão, realizada pelos próprios ciganos.
O evento do Governo é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, Prefeitura Municipal de Sousa e Ministério Público Federal.
O Festival da Cultura Cigana ocorrerá na Praça da Matriz (Praça Bento Freire), onde o coreto se transformou em palco, com luzes e som para as apresentações artísticas e dos costumes ciganos. Também haverá barracas e pavilhões.
Programação
Nesta quarta-feira (25), a SecultPB divulgou a programação do Festival, com artesanato, dança, música, gastronomia, leitura de mãos e outras atividades. O evento será aberto às 18h e as apresentações obedecerão esta sequência:
- Abertura da Feira de Artesanato e Contação de História
- Grupo do Prima e Coral
- ‘A dança e a música estão no sangue’ (música e dança)
- Poesia e Chibe cigana – Antônio Pedro Nunes
- Grupo Amor Cigano (dança)
- Grupo Alma Cigana (dança)
- Grupo Los Ciganos (dança)
- Grupo Meu Coração é Cigano (dança)
- Grupo Coração Cigano (dança)
- ‘Vida Cigana’ – Dirackin Calin (dança)
- Thiago Oliveira (música)
- Francisco Canabrava (cantor)
- Francisco Damião Gomes (moda cigana)
- Benedito Costa (música)
- José Jorge / César (música)
- Os Zingaros – Música
- Grupo Dó Ré Mi – Música
- Ronaldo Seresteiro
Os ciganos – valores e história
- Segundo os dados do IBGE, em 2010 havia cerca de 800 mil ciganos no Brasil
- A maioria já não vive como nômade e está fixa
- Hoje há três grandes grupos ciganos no país: os do dialeto Calón (que vieram de Portugal e Espanha), os Rom, que falam o romani (vindos principalmente do Leste Europeu), e os Sintis (que vieram da França e da Alemanha, após a primeira guerra mundial.
- Os valores como a fidelidade à família e ao clã, e os casamentos entre si, são outras características marcantes.
- Não escrevem, mas desenvolveram o idioma romani, também chamado romanês, que é uma língua ágrafa (não escrita) e ensinada de forma oral, pelas famílias.
- Entre eles não há uma religião no mesmo sentido do que é conhecido por outros povos, mas eles preservam um conjunto de crenças e princípios
- Sensual e muito expressiva, a dança cigana é uma mescla de vários elementos, mas foi na Espanha que ela ganhou força.
- Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os ciganos foram perseguidos e confinados em campos de concentração nazistas. Calcula-se que 250 mil ciganos tenham sido mortos neste período, especialmente na Croácia, onde a população quase foi exterminada.
Outros festivais
O secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti, confirmou a realização, neste ano, dentro das políticas de Governo para a promoção cultural das etnias. Já no mês de junho ocorrerá o evento dedicado aos povos indígenas e, em novembro, será a vez do Festival Quilombola.
A gerente de articulação cultural da SecultPB, Mariah Marques, lembra o compromisso da pauta governamental com essas minorias: “O objetivo é trabalhar e fortalecer o conjunto de vivências dessas etnias”.
Em 2019, a SecultPB realizou os festivais cigano e quilombola, mas teve que interromper a sequência nos dois anos seguintes, devido ao quadro de emergência sanitária, que impôs isolamento social em função da pandemia da Covid-19. Agora esses eventos serão retomados.
(*) Fotos: Márcio Moraes - cedidas para divulgação do Festival