Notícias

Festival da Cultura Cigana tem programação com 18 atrações

publicado: 27/05/2022 10h48, última modificação: 27/05/2022 10h48
1 | 10
2 | 10
3 | 10
4 | 10
5 | 10
6 | 10
7 | 10
8 | 10
9 | 10
10 | 10
márcio---fotografo-sousa25.jpg
márcio---fotografo-sousa15.jpg
márcio---fotografo-sousa17.jpg
márcio---fotografo-sousa24.jpg
márcio---fotografo-sousa26.jpg
márcio---fotografo-sousa30.jpg
márcio---fotografo-sousa22.jpg
márcio---fotografo-sousa31.jpg
márcio---fotografo-sousa37.jpg
márcio---fotografo-sousa44.jpg

II Festival da Cultura Cigana é um evento especialmente elaborado pelo Governo da Paraíba para homenagear os quase 5 mil integrantes desse povo que vivem em 27 municípios paraibanos. O Festival será realizado neste sábado (28), em Sousa, no Sertão, onde está a maior comunidade cigana, em três Ranchos.

O Dia Nacional dos Povos Ciganos transcorreu na terça-feira (24), dedicado à Santa Sara Kali, padroeira universal desse povo, e houve festa nos ranchos do Sertão, realizada pelos próprios ciganos.

O evento do Governo é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, Prefeitura Municipal de Sousa e Ministério Público Federal.

O Festival da Cultura Cigana ocorrerá na Praça da Matriz (Praça Bento Freire), onde o coreto se transformou em palco, com luzes e som para as apresentações artísticas e dos costumes ciganos. Também haverá barracas e pavilhões.

Programação

Nesta quarta-feira (25), a SecultPB divulgou a programação do Festival, com artesanato, dança, música, gastronomia, leitura de mãos e outras atividades. O evento será aberto às 18h e as apresentações obedecerão esta sequência:

  • Abertura da Feira de Artesanato e Contação de História
  • Grupo do Prima e Coral
  • ‘A dança e a música estão no sangue’ (música e dança)
  • Poesia e Chibe cigana – Antônio Pedro Nunes
  • Grupo Amor Cigano (dança)
  • Grupo Alma Cigana (dança)
  • Grupo Los Ciganos (dança)
  • Grupo Meu Coração é Cigano (dança)
  • Grupo Coração Cigano (dança)
  • ‘Vida Cigana’ – Dirackin Calin (dança)
  • Thiago Oliveira (música)             
  • Francisco Canabrava (cantor)
  • Francisco Damião Gomes (moda cigana)
  • Benedito Costa (música)
  • José Jorge / César (música)
  • Os Zingaros – Música
  • Grupo Dó Ré Mi – Música
  • Ronaldo Seresteiro

Os ciganos – valores e história

  • Segundo os dados do IBGE, em 2010 havia cerca de 800 mil ciganos no Brasil
  • A maioria já não vive como nômade e está fixa
  • Hoje há três grandes grupos ciganos no país: os do dialeto Calón (que vieram de Portugal e Espanha), os Rom, que falam o romani (vindos principalmente do Leste Europeu), e os Sintis (que vieram da França e da Alemanha, após a primeira guerra mundial.
  • Os valores como a fidelidade à família e ao clã, e os casamentos entre si, são outras características marcantes.
  • Não escrevem, mas desenvolveram o idioma romani, também chamado romanês, que é uma língua ágrafa (não escrita) e ensinada de forma oral, pelas famílias.
  • Entre eles não há uma religião no mesmo sentido do que é conhecido por outros povos, mas eles preservam um conjunto de crenças e princípios
  • Sensual e muito expressiva, a dança cigana é uma mescla de vários elementos, mas foi na Espanha que ela ganhou força.
  • Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os ciganos foram perseguidos e confinados em campos de concentração nazistas. Calcula-se que 250 mil ciganos tenham sido mortos neste período, especialmente na Croácia, onde a população quase foi exterminada.

Outros festivais

O secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti, confirmou a realização, neste ano, dentro das políticas de Governo para a promoção cultural das etnias. Já no mês de junho ocorrerá o evento dedicado aos povos indígenas e, em novembro, será a vez do Festival Quilombola.

A gerente de articulação cultural da SecultPB, Mariah Marques, lembra o compromisso da pauta governamental com essas minorias: “O objetivo é trabalhar e fortalecer o conjunto de vivências dessas etnias”.

Em 2019, a SecultPB realizou os festivais cigano e quilombola, mas teve que interromper a sequência nos dois anos seguintes, devido ao quadro de emergência sanitária, que impôs isolamento social em função da pandemia da Covid-19. Agora esses eventos serão retomados.

 

(*) Fotos: Márcio Moraes - cedidas para divulgação do Festival