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Mais um passo

Comitiva liderada pela Paraíba entrega ao Iphan pedido para que o órgão pleiteie junto à Unesco o forró como patrimônio imaterial da humanidade

publicado: 11/08/2024 08h16, última modificação: 11/08/2024 08h16
Encontro faz parte de mais uma etapa no processo de internacionalização do ritmo e como marca identitária do povo nordestino.
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Foi dado mais um passo importante no longo processo para que o forró se transforme em patrimônio imaterial da humanidade. Isso porque, nessa quinta-feira (8), uma comitiva nordestina liderada pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba, entregou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o documento que formaliza o pedido para que o órgão federal envie pleito nesse sentido para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A Paraíba é signatária do pedido junto ao Iphan e, no encontro no Rio de Janeiro realizado na sede do Instituto, estiveram presentes também secretários de cultura de outros estados nordestinos e também representantes da Associação Cultural Balaio Nordeste, que tem sede na Paraíba e que representou a sociedade civil organizada.

Pedro Santos, que é secretário de Estado da Cultura da Paraíba, destacou a importância do momento para aquela que talvez seja a expressão cultural mais marcante do Nordeste.

"Para nós da Paraíba é uma honra ser protagonista desse processo, porque reconhecer o forró como marca identitária de nossa região e como patrimônio imaterial da humanidade tem um potencial incrível. Não só do ponto de vista simbólico, mas também do ponto de vista prático. Porque esse reconhecimento pode ser sinônimo de mais investimentos e mais possibilidades de políticas públicas para o segmento", explicou.

Leandro Grass, que é presidente do Iphan, concorda com Pedro Santos e destaca a potência do forró enquanto ritmo, dança, símbolo cultural de um povo de uma região, e que ao mesmo tempo ganha o mundo.

"A força do forró é imensa, dentro e fora do Brasil. Sem dúvidas, umas das expressões mais amadas pelo nosso povo. Por isso precisa ser perpetuada e transmitida às novas e futuras gerações", frisou. 

Em maio deste ano, a Secult-PB já tinha liderado uma comitiva nordestina que fez uma visita de cortesia à Secretaria da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da Unesco, justamente com o objetivo de fortalecer a candidatura do forró para patrimônio imaterial da humanidade.

Agora, o processo vai seguir o seu trâmite regular. Após a carta ser entregue, o Iphan vai fazer o pleito oficial junto à Unesco, que na sequência vai iniciar um trabalho de consultas públicas e pesquisas para saber se existe mesmo essa expressão cultural como fonte identitária de um povo e se a comunidade local reconhece essa expressão como sendo sua. A expectativa é que esses estudos técnicos durem entre um e dois anos.

O forró foi declarado patrimônio imaterial nacional em 2021 e agora o objetivo é a internacionalização do ritmo. A iniciativa que tem a Paraíba como signatária conta com o apoio de todos os estados do Nordeste e do Sudeste e mais o Distrito Federal, perfazendo 14 unidades federativas. Há o apoio também de pelo menos 30 países além do Brasil.