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Construção civil

Empresa produz argamassa 60% mais econômica em CG

publicado: 22/12/2019 10h05, última modificação: 02/01/2020 10h20
Indústria campinense inova ao colocar o ‘Cola-Jolo’, material ecológico, no mercado nacional da construção civil
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Foto: Diego Nóbrega Fórum Nacional CONFAP
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Indústria de Campina Grande inova e coloca no mercado nacional da construção civil uma argamassa ecologicamente correta que proporciona uma economia de até 60% no custo de assentamento da alvenaria. Entre outros benefícios do Cola-Jolo (como o produto é apresentado) estão: maior rapidez e praticidade de mão de obra nos assentamentos, alta redução no peso estrutural, maior resistência, compressão e flexão, zero desperdício, menor custo por metro quadrado e secagem rápida. O produto é fruto de pesquisa apoiada pelo Governo do Estado por meio de Edital Tecnova da Fapesq – Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba e Finep, com apoio da Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (SEECT).

A pesquisa foi desenvolvida pela empresa Plasvan e tem como objetivo disponibilizar no mercado nacional da construção civil a argamassa pronta. O produto tem como base da composição produtos nacionais e internacionais, e deve chegar ao mercado consumidor certificado pelo Instituto Falcão Bauer da Qualidade e aprovado pelo INMETRO.

A Cola-Jolo é desenvolvida à base de resinas poliméricas e compostos minerais, que permite edificações com mais agilidade, além de contribuir para o uso racional dos recursos naturais, já que substitui, em grande parte da obra, o cimento, a areia, a água e o cal no assentamento de tijolos e blocos.

O produto apresentado à Fapesq, desenvolvido pela Plasvan, traz uma cola polimerizada, apropriada para ser utilizada na construção civil, para assentamento de tijolos, blocos, pisos e pastilhas cerâmicas, desenvolvida através de uma tecnologia sustentável que não utiliza cimento e ainda não difundida no Brasil, que traz em sua formulação o uso de matéria importada e nacional, incentivando a indústria local, além de trazer uma contribuição para construção civil, visto a facilidade de manuseio e armazenamento, o que agiliza as edificações.

 

“Investir em inovação é pensar no futuro”

 

Para o presidente da Fapesq, Roberto Germano Costa, o apoio do Governo do Estado às empresas paraibanas têm sido fundamental para alavancar a economia regional. “Investir em inovação é pensar no futuro, no crescimento empresarial e no desenvolvimento do Estado”, frisou ele.

A coordenadora de Programas e Projetos da Fapesq, Ruth Silveira, salientou a importância do Programa Tecnova. “O objetivo principal do Programa de Subvenção Econômica é promover um significativo aumento das atividades de inovação e o incremento da competitividade das empresas e da economia do país. Desta forma, esta Chamada Pública visa apoiar projetos de inovação, que envolvam significativo risco tecnológico associado a oportunidades de mercado”, salientou.

O coordenador do projeto e responsável pela empresa Plasvan, Thiago Rocha, afirma que a Cola-jolo é uma massa colante, atóxica, de secagem 12 vezes mais rápida, reduzindo assim o tempo de duração da construção. Fruto de quatro anos e meio de pesquisa, contando com centenas de testes e análises de produtos, a cola é feita com produtos nacionais se tornando extraordinariamente mais barata. Thiago afirma que o material é cinco vezes mais resistente que o cimento.
O produto a ser certificado como Cola-Jolo, também, atende a necessidade de buscar alternativas tecnológicas para uma Construção Verde, em consonância com a necessidade de haver o uso consciente dos recursos naturais, já que sua utilização nas edificações substitui, em grande parte, o uso de cimento, água, cal e areia, o que diminui o entulho e proporciona uma obra leve, limpa e segura.

 

Produto é ecológico e sustentável

 

A Cola-Jolo permite a ancoragem dos tijolos ou blocos sem usar telas, pinos e grampos, tem fácil e rápida aplicação, o que gera uma economia e rapidez, também, na hora de ser feito o reboco das paredes, já que sem excesso de material entre os tijolos, a massa para rebocagem fica mais fina.

Outra grande vantagem é que a Cola-Jolo tem uma secagem bem mais rápida do que a mistura de cimento, seu tempo de cura máximo é de 72 horas, já o da mistura do cimento leva uma média de 10 dias, dependendo da umidade do ar e outros fatores esternos. Tal fato, então, acelera o tempo total da construção, o que gera impacto econômico na obra.

Este produto inovador vem contribuir de forma significativa para o meio ambiente, pois segundo o Ministério de Planejamento, a construção civil consome de 15 a 50% dos recursos naturais extraídos no Brasil, requerendo, além disso, muita energia para a produção, e ainda, gerando resíduos e emissão de CO2. Os entulhos das edificações e das demolições também são um grave fator ambiental, já que se forem descartados de forma incorreta provocam enchentes e disseminação de pragas. Já que a Cola-Jolo traz em sua composição 30% de resinas poliméricos, a sua composição traz leveza às edificações.

A discussão acerca da poluição trazida pelas fábricas de cimento, o uso racional da água e a extração da areia para utilização na construção civil é algo bastante indagado, tendo nos Estados Unidos o uso de areia sintética desde 1970, visto os grandes impactos ambientais que é percebido com a extração do material, normalmente, retirada nas margens dos rios. No Brasil, como um todo, a areia para construção civil é totalmente retirada do meio ambiente.

Na tendência de buscar tecnologias sustentáveis para o desenvolvimento social, objeto do Edital Tecnova, a Cola-Jolo vem contribuir com o crescente mercado da construção civil. A composição de produtos para produção da cola-jolo, desenvolvida pela Plasvan, contribui significativamente tanto para construção menos poluente, já apontados, bem como para o desenvolvimento de tecnologias nacionais voltadas ao setor.

O produto Cola-Jolo já está com sua formulação desenvolvida, a qual já foi testada pela equipe da Plasvan e validada pelo Instituto Falcão Bauer. A empresa está em vias de iniciar o processo de fabricação e distribuição ao mercado.