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INFRAESTRUTURA
Começam as obras da sede do Parque Tecnológico
Renato Félix
Começaram nesta terça, 15, as obras da reforma do antigo Colégio Nossa Senhora das Neves, que vai sediar o Parque Tecnológico Horizontes de Inovação. O local, no centro histórico de João Pessoa, ao lado da Catedral-Basílica, passará por um grande processo de restauração para receber órgãos públicos e startups que desenvolverão projetos de ciência, tecnologia e inovação, para buscar também centralizar uma revitalização da área.
“É um trabalho artesanal que, no fim, é bem gratificante”, contou a responsável técnica pela obra, a engenheira Jailene Carvalho, cuja empresa já trabalhou em outras restaurações de prédios históricos.
Ela afirma que, entre os trabalhos a serem feitos, está a retirada de todo o telhado para reformar as vigas, e a correção de obras que foram feitas ao longo dos anos e descaracterizaram o conjunto original. “Tem muita obra que foi feita aqui sem projeto nenhum. Por exemplo, na parte próxima à capela tem uma escada em que você praticamente bate a cabeça e a gente vê que não faz parte do projeto inicial”, explica ela.
“A obra é complexa, tem várias dimensões. A dimensão que dá mais visibilidade, claro, é essa parte da restauração do prédio”, conta Rubens Freire, secretário executivo de Ciência e Tecnologia do Estado. “Entretanto, a parte de conteúdo, que é algo bastante importante, já vem sendo tratada há algum tempo”.
Ele lembra que o Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação já lançou dois editais que convocaram a sociedade para contribuir para o desenvolvimento dessa parte de conteúdo. Um edital que trata de ideias inovadoras para o centro de João Pessoa – 12 propostas foram aprovadas. E um projeto, desenvolvido em conjunto com o Departamento de História da UFPB e estudante da rede estadual, de escolas do entorno do parque tecnológico, voltado à recuperação da história da região.
Ele também opina que uma certa demora para a instalação do parque é compreensível, tendo em vista que tudo deve ser feito com cuidado e para que todas as garantias possíveis para seu funcionamento sejam obtidas. “Tem que ter duas coisas num empreendimento com esse: ficha e paciência”, brinca. “É um jogo que precisa de ficha e paciência. Se você achar que pode fazer mais rápido do que é de bom tom, você vai tropeçar e vai ser difícil de se reerguer. Essa obra transcende os limites de um governo. Portanto esse projeto precisa ter uma estrutura estável, uma legislação, uma governança que tenha uma certa autonomia para o futuro”.