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Saúde qualifica agentes, enfermeiros e técnicos para a coleta do teste do pezinho em 34 aldeias indígenas Potiguaras
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Atenção à Saúde (GEAS), da Coordenação da Saúde da Criança e Adolescente e do Banco de Leite Humano Anita Cabral, referência em capacitação do teste do pezinho do estado, tem intensificado a parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) para capacitar os profissionais da saúde na triagem neonatal, essa é uma demanda histórica.
Nessa segunda-feira (18) foi iniciada uma capacitação, módulo teórico e o pré-teste, sobre a coleta de amostra do teste do pezinho e triagem neonatal para enfermeiros e técnicos de enfermagem de 34 aldeias indígenas potiguaras, no município da Baia da Traição. No inicio deste mês, também foram capacitados os agentes indígenas de saúde das mesmas 34 aldeias. A partir desta terça-feira (19), inicia a parte prática a qual será realizada no Hospital Edson Ramalho e no Banco de Leite Anita Cabral. O objetivo desta ação é atingir 100% das crianças nascidas no estado com a realização do teste do pezinho, além de qualificar todos os profissionais da atenção primária que trabalham na assistência.
De acordo com a coordenadora da Saúde da Criança e Adolescente da SES, Tatiane Jesus, diversas ações vem sendo desenvolvidas e, dentre elas, a intensificação no fortalecimento da triagem neonatal no estado. “Estamos realizando momentos de educação permanente, através de oficinas com os gestores e técnicos dos municípios para apoiar e fortalecer as ações municipais. E agora, em setembro, iniciamos as capacitações com os trabalhadores da população indígena, por ser uma demanda reprimida que perdurava há algum tempo e por ser uma agenda prioritária, devido à vulnerabilidade dessa população tradicional”, explicou.
As capacitações com os agentes indígenas em saúde e com técnicos de enfermagem e enfermeiros tem o objetivo de descentralizar o teste do pezinho que é realizado somente nos polos distritais indígenas.
Para a diretora-geral do Banco de Leite Anita Cabral, Thaíse Ribeiro, essa descentralização é importante para que o teste do pezinho possa ser realizado também nas unidades de saúde nas aldeias, isso facilita o acesso da criança para a realização do teste do pezinho. “A capacitação do teste do pezinho, de forma descentralizada e regionalizada, garante a qualificação das equipes in loco favorecendo para que a coleta do teste do pezinho seja realizada no tempo oportuno, cumprindo o papel da triagem neonatal que é a detecção e o tratamento precoce de alguma doença”, pontuou.
A realização dessas oficinas à população indígena é importante, pois qualificam os profissionais indígenas da atenção primária que trabalham na assistência, capacitando-os para o momento de coleta da amostra do teste do pezinho e da triagem neonatal.
Segundo a prestadora de serviços da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, Cida Potiguara, essa capacitação sobre coleta do teste do pezinho e triagem neonatal para a população indígena é de grande importância. “Estamos muito gratos, como profissional de saúde, porque a gente sabe que esse exame é de crucial relevância para a prevenção de várias doenças como, por exemplo, a toxoplasmose e a fenilcetonúria (doença do metabolismo), e, além disso, o exame detecta seis tipos de doenças graves em recém-nascidos”, relatou.