Paraíba reúne gestores de saúde em oficina sobre modelo de financiamento da Atenção Primária

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PB), realizou nesta quarta-feira (10) uma oficina para a gestão da Atenção Primária à Saúde (AP). O intuito foi de qualificar os gestores municipais para cumprimento da meta dos sete indicadores do Previne Brasil, novo modelo de financiamento do governo federal para a saúde. A agenda aconteceu no Centro de Convenções de João Pessoa. 

A secretária executiva de Saúde da Paraíba, Renata Nóbrega, explica que o programa foi lançado em 2019, mas tem passado por um período de transição por conta da pandemia. A ideia é que ele entre em vigor em 2022, com avaliação e monitoramento quadrimestral do desempenho dos municípios com relação aos 7 indicadores. 

“Esta é uma oficina extremamente importante, com foco nos recursos da Atenção Primária. Estamos aqui reiterando a todos os gestores municipais a importância do cadastro dos usuários do SUS. A Paraíba vem se destacando como o terceiro estado com o melhor desempenho desses indicadores preconizados e essa oficina tem um papel fundamental para que a gente busque melhorar cada vez mais. Estamos bem no resultado dos indicadores, mas precisamos de mais qualidade no acesso aos serviços”, pontua. 

A programação do evento começou com uma mesa de abertura com a presença do secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a presidente do Cosems-PB, Soraya Galdino, e demais autoridades. Na ocasião, ocorreu a premiação dos dois municípios do estado que atingiram a nota máxima no Indicador Sintético Final (ISF) do programa no último quadrimestre, Emas e São Francisco. 

Em sua fala, Geraldo Medeiros destacou que a Atenção Primária à Saúde representa a essência do SUS. “Nós temos que evitar essa ideia hospitalocêntrica, isto é, só pensar em hospitais e não pensar na prevenção das doenças. E essa oficina tem esse objetivo, alertar os secretários municipais de saúde da importância da atenção primária, das unidades básicas de saúde. Somos um país em que a população está envelhecendo e temos necessidade da cautela na prevenção de doenças crônicas”, ressaltou. 

O ministro Marcelo Queiroga reforça que o Previne Brasil foi criado para que haja uma melhor qualificação na assistência na ponta. Ele explica que o princípio básico do programa é que quem cumpre os indicadores, vai receber mais recursos. “Queremos estimular a concorrência entre os municípios para ver quem vai prestar melhor assistência a cada um dos brasileiros. Hoje, quando fazemos essa oficina, nós queremos qualificar os secretários, para que por sua vez eles possam qualificar as equipes de saúde da família. Não só médicos, mas os demais profissionais, sobretudo os agentes comunitários de saúde”, completa.

A programação seguiu com palestras sobre modelo de financiamento, mudanças e avanços, indicadores de desempenho e registros de informações. O evento também contou com mesas de debate e discussões com a interação do público.